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Uso da Inteligência artificial na saúde

Atualizado: 23 de set. de 2021

A automatização na autorização de procedimentos e a coleta e análise digital de PROMs são alguns exemplos de como a IA pode melhorar a custo-efetividade da saúde brasileira.



A inteligência artificial (IA) vem, a cada década, conquistando mais espaço. Em partes, devido a uma febre ao redor do termo, e, em partes, por estar de fato marcando cada vez mais presença. O senso comum diz que a Inteligência artificial é uma ameaça e roubará empregos na saúde. Na verdade, ela propiciará aos colaboradores melhores condições de trabalho e uma alocação em tarefas mais produtivas.


Tomemos como exemplo a autorização de procedimentos em planos de saúde: o processo consagrado é manual, demorado e, não raramente, leva a decurso de prazo (quando o procedimento é autorizado automaticamente porque o prazo estabelecido pela ANS irá expirar).


E mais do que isso, faz com que colaboradores muito qualificados, como médicos, enfermeiros e outros profissionais deixem de investir seu tempo em atividades que de fato necessitem do conhecimento especializado para repetir um processo baseado em padrões.


Quando poderiam, por exemplo, se dedicar a analisar com mais cuidado casos mais delicados e com mais impacto na vida dos pacientes e no custo gerado para a operadora.


Inteligência artificial na autorização de procedimentos


Neste momento, a Inteligência Artificial se torna uma mão na roda: tendo como base o banco de dados de auditorias anteriores, é possível desenvolver um programa capaz de predizer a probabilidade de que um pedido possa ser autorizado automaticamente, em apenas 1 segundo. Ao invés do prazo tradicional, de até 3 semanas de análise.


Após uma fase inicial (piloto) de validação e melhoria do modelo, comparando os resultados da Inteligência Artificial com a análise manual dos profissionais, é possível que os algoritmos igualem ou até superem a acurácia do modelo tradicional, permitindo que os profissionais sejam alocados em casos que necessitam de mais atenção, como aqueles com alta chance de negativa e risco de judicialização.




Casos em que a inteligência artificial foi um sucesso na autorização de procedimentos


Em um de nossos cases de sucesso, a estimativa é que mais de 50% das solicitações que passavam por análise humana possam ser autorizados automaticamente, em poucos meses (número) usando o AutorizAI.


A longo prazo, a Inteligência Artificial reduzirá a judicialização e aproximará a equipe de auditoria ao médico da assistência, para que este saiba, antes de solicitar um exame ou procedimento, quais são as chances de autorização e o que deve providenciar.



Benefícios da inteligência artificial além da autorização de procedimentos


Muito além da auditoria, a Inteligência Artificial pode ser útil ao longo de toda a jornada do paciente. Em nosso post sobre a importância da avaliação de desfechos, ressaltamos como acompanhar o paciente fora do ambiente hospitalar faz a diferença. Isso depende de uma boa coleta de dados sobre a jornada, relativos à qualidade de vida, progressão do quadro clínico e outras variáveis.


Feita a coleta, a análise de dados de vários pacientes permite que no futuro detectemos potenciais complicações antes de o paciente precisar procurar a equipe de saúde em um quadro de urgência.


A inteligência artificial, portanto, não é uma ameaça. Na verdade, agiliza processos nos stakeholders do mercado de saúde, permite que os profissionais performem melhor em tarefas que realmente precisam deles e, por fim, aproxima toda a equipe de quem realmente precisa de cuidado: o paciente.


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